Outras práticas possíveis da psicologia na prisão / Other possible practical psychology in prison
O presente estudo visa problematizar o ser/fazer psicológico dentro das prisões brasileiras, identificando-o como primeiramente voltado exclusivamente a intervenções avaliativas e julgadoras a fim de subsidiar decisões judiciais para fins de concessão de direitos/benefícios dos sujeitos presos duran...
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Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
2014
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Subjects: | |
Online Access: | https://dialnet.unirioja.es/servlet/oaiart?codigo=8697461 |
Source: | Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, ISSN 2175-6058, Vol. 15, Nº. 1, 2014 (Ejemplar dedicado a: Revista de Direitos e Garantias Fundamentais - Edição Temática "Criminologia Crítica em Debate"), pags. 177-198 |
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Summary: |
O presente estudo visa problematizar o ser/fazer psicológico dentro das prisões brasileiras, identificando-o como primeiramente voltado exclusivamente a intervenções avaliativas e julgadoras a fim de subsidiar decisões judiciais para fins de concessão de direitos/benefícios dos sujeitos presos durante a execução de suas penas. Adotando uma perspectiva crítica quanto a este modo tradicional de ser/fazer psicológico, apresentamos outras possibilidades de inserção dessa ciência e profissão nas prisões, mais voltadas à abertura de espaços institucionais criativos e humanizantes que potencializem a emancipação do pensamento, das ideias e dos afetos, a fim de propiciar reflexões e análises teórico-práticas sobre a experiência do encarceramento e seus possíveis efeitos na vida dos sujeitos encarcerados. Para tanto, apresentamos como referencial teórico as abordagens de Erwin Goffman e Michel Foucault acerca das prisões e da criminalidade e penalidades contemporâneas, bem como os estudos atuais sobre saúde mental e da saúde coletiva, especialmente os voltados aos conceitos de prevenção de doenças e promoção de saúde. Por fim, é apresentado e analisado um trabalho de pesquisa intervenção realizado durante seis meses junto a um presídio do interior do Estado do RS, onde se construiu um espaço semanal de acompanhamento psicológico/terapêutico às presas deste estabelecimento, a fim de problematizar a temática prisional na realidade atual brasileira e seus possíveis efeitos em termos de formação de subjetividades mais autônomas e criativas. |
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