Além do crime e das grades verde amarelas: Um estudo biopsicossocial sobre o crime no Brasil á partir da analise da população carcerária

O perfil social da população carcerária é um interessante termômetro da criminalidade brasileira, aqui comparamos os dados carcerários com as teorias biopsicossociais com ênfase na psicologia evolucionista. Analisamos também o índice de Gini e as variáveis estruturais do Brasil contemporâneo. Nossos...

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Main Author: Pérez Bernardes de Moraes, Thiago
Format: Article
Language:Portuguese
Published: 2013
Subjects:
Online Access:https://dialnet.unirioja.es/servlet/oaiart?codigo=5475840
Source:Derecho y Cambio Social, ISSN 2224-4131, Año 10, Nº. 34, 2013
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Summary: O perfil social da população carcerária é um interessante termômetro da criminalidade brasileira, aqui comparamos os dados carcerários com as teorias biopsicossociais com ênfase na psicologia evolucionista. Analisamos também o índice de Gini e as variáveis estruturais do Brasil contemporâneo. Nossos resultados indicam que parece haver uma forte correlação entre criminalidade e desigualdade social. Nesse sentido, sendo o Brasil uma das nações mais desiguais do planeta, era de se esperar que o índice de criminalidade fosse alto. Segundo, há um padrão quanto ao tipo de criminoso mais frequente: 1)homens, 2)jovens, 3)com baixo nível educacional, tal padrão é convergente com a psicologia evolucionista, considerando que os indivíduos nessa conjuntura, mais do que os demais, são motivados a galgarem estratégias exploratórias de aquisição de recursos, visando como fim inconsciente à aquisição de parceiros sexuais e o exercício da dominância social sobre os demais. Nesse sentido, a segurança dos indivíduos não pode ser garantida somente através do poder coercitivo, antes de tudo, é preciso minar o fosse de desigualdade entre os indivíduos e elevar de alguma forma a equidade social. Entendemos também que o país deve avançar no que diz respeito às condições carcerárias e nas medidas de ressocialização dos detentos, pois no limite a atual situação pode hipertrofiar a organização do crime, ao invés de abolila.